FL Farol das Letras


| Início | Mapa do Sítio | Autor |

Padre António Vieira


[Estilo do Padre António Vieira] * [Estrutura do Sermão de Santo António aos Peixes]

Atenção!

É expressamente proibida a reprodução ou utilização desta entrevista, parcial ou total, sem a prévia autorização do autor, inscrito na
Sociedade Portuguesa de Autores.


À Conversa com o Padre António Vieira

Por Manuel Maria

"Filho peninsular e tropical de Inácio de Loiola, aluno do Bandarra e mestre de Fernando Pessoa", o Padre António Vieira é o "Imperador da língua portuguesa" com quem vamos conversar:

Entrevistador: Padre António Vieira, com que idade deixou o senhor Lisboa, pela primeira vez, a caminho do Brasil?

Padre António Vieira: Tinha seis anos de idade, quando viajei com meus pais para a cidade da Bahia.

E: Que, na época, era a capital do Estado do Brasil...

PAV: Exatamente. De facto, ao revelar-se ineficaz o sistema de capitanias ou donatorias, instituído ao tempo de D. João III, foi nomeado Governador-geral, em 1548, Tomé de Sousa, que se instalou naquela área, iniciando a construção de um novo lugar que viria a ser inaugurado, a 1 de Novembro de 1549, com o nome de S. Salvador da Bahia.

E: Não consta que os seus pais tenham sido movidos pela atração da árvore das patacas.

PAV: Árvore das patacas?

E: Sim.

PAV: Não conheço a expressão.

E: É hoje muito utilizada para referir a atração desmesurada pelo dinheiro fácil.

PAV: Não creio, apesar da origem humilde da minha família. O meu pai era servidor do Paço e embarcámos, porque fora nomeado para o exercício da função de secretário da Governação.

E: E quando é que o jovem António se sente atraído pela vida eclesiástica?

PAV: Era rapaz aí dos meus quinze anos, quando julgo ter interpretado o sinal do chamamento de Deus.

E: E de que modo se revelou esse sinal?

PAV: Através de um sermão pregado pelo Padre Manuel Couto sobre as eternas penas do inferno. Fiquei terrivelmente impressionado.

E: Há quem afirme, hoje, que, além desse seu temperamento impressionável, era, igualmente, muito impulsivo.

PAV: E impulsivo porquê?

E: Só o Padre o pode esclarecer, não é verdade?

PAV: Melhor ainda os que fazem tal afirmação. Será que o fazem por ter saído da casa de meus pais para fazer o noviciado no Colégio dos Jesuítas?

E: Será?

PAV: Como já referi, foi apenas a resposta ao que interpretei como um apelo de Deus.

E: Segundo o que pude apurar, o Padre António Vieira já era aluno dos Jesuítas antes da sua entrada no noviciado.

PAV: Assim é, de facto.

E: E, segundo rezam os seus biógrafos, aluno exímio na língua de Cícero.

PAV: Não erram os que atestam a minha competência no que respeita ao uso do Latim. Com apenas dezoito anos, fui convidado a redigir a Carta Annua, o relatório da Província a que pertencia, dirigida ao Geral da Ordem dos Jesuítas.

E: E também convidado a ensinar...

PAV: Como regente de Retórica no Colégio de Olinda.

E: Recebe Ordens e inicia a sua carreira de pregador em...

PAV: Em 1635. Três anos mais tarde, estávamos, de novo, a braços com os holandeses.

E: Ainda hoje é célebre o seu Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as da Holanda, em que incita os colonos e os índios à resistência.

PAV: Estávamos no ano de 1640. Era como rasgar-me as entranhas, a presença ali dos huguenotes.

E: Receio bem que os meus alunos o não entendam.

PAV: Não me diga que os seus alunos ainda não aprenderam que os huguenotes eram os protestantes calvinistas.

E: Mas então não eram holandeses?

PAV: Holandeses que eram sectários da doutrina de Calvino. Saiba que, em momentos de desespero, cheguei a pecar, proferindo imprecações contra Deus por desproteger os filhos da sua católica e apostólica Roma.

E: A sua obsessão era mesmo a cristianização daquele território...

PAV: Não lhe chamaria obsessão: julgo que não é a palavra adequada. A minha preocupação era mesmo responder ao espírito de missão.

E: Por isso se dedica anos a fio a catequizar aldeias baianas.

PAV: Baianas e não só. Mas, apesar de tudo, parece estar bem informado. De facto, tanto no Estado do Brasil como no Estado do Maranhão e Pará, a primeira tentativa dos colonos foi também a de escravizar os Índios, mas nós, os missionários jesuítas, encontrávamos neles terreno propício à sua evangelização – lembremo-nos, a propósito, do relato que nos faz Pêro Vaz de Caminha na Carta do Achamento do Brasil dirigida ao rei D. Manuel –, pelo que os concentrávamos, em pequenos núcleos, em aldeias, ou em reduções, grupos de aldeias, sob a nossa direta responsabilidade, procurando defendê-los contra os abusos da escravatura.

E: Facto que lhes valeu muitos dissabores.

PAV: A mim particularmente, e mais ainda depois de proferido o meu Sermão de Santo António aos Peixes.

E: É uma delícia de sermão, mas isso acontece alguns anos mais tarde. Voltando atrás, a 1 de Dezembro de 1640, ano em que pregou o Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as da Holanda, inicia-se a conjura que haveria de conduzir a nação à restauração da independência.

PAV: Assim é, com efeito. E, no ano imediato, o Governador Marquês de Montalvão, que havia estado do lado de Castela, encarrega-me de acompanhar o seu próprio filho a Lisboa para testemunhar a adesão da colónia à causa de D. João IV, o duque de Bragança coroado rei.

E: É voz comum que, pelos seus sermões em S. Roque, rapidamente se tornou num protegido de toda a família real que o elegeu para pregador da corte.

PAV: Não sem que antes tivesse passado por graves peripécias. Lembro apenas que, por altura do nosso desembarque em Peniche, não tendo ainda as autoridades e o povo conhecimento do partido que tomávamos, corremos sérios riscos, riscos mesmo muito sérios, de sermos presos e até mortos. Felizmente que tudo se esclareceu rapidamente e de conveniência com a realidade dos factos.

E: Da extrema confiança depositada em si pelo rei, nasce então a sua brilhante carreira diplomática.

PAV: Brilhante como quem diz... Muitos foram os que, na época, criticaram os meus pontos de vista, não entendendo, ou fingindo não entender, as circunstâncias em que eu desenvolvia a diplomacia nacional.

E: Como assim?

PAV: A independência nacional não se confinava ao simples golpe palaciano perpetrado no 1.º de Dezembro de 1640. Essa data foi apenas o início de um conflito armado com Castela que haveria de se prolongar por muitos anos. E Portugal estava financeiramente depauperado. Se, por um lado, era necessário atrair novos capitais ao país, por outro, era imprescindível que a nova governação fosse reconhecida pelas mais importantes monarquias europeias e até pelo próprio Vaticano. Roma, por exemplo, não recebia o nosso embaixador.

E: Daí a sua passagem também por Roma.

PAV: Mas, antes disso, por Paris, Ruão, Haia, Amsterdão…

E: Isto é, até por terras dos próprios holandeses.

PAV: Era minha intenção negociar com os judeus portugueses as condições do seu regresso a Portugal. O seu dinheiro fazia-nos mais falta do que o pão para a boca, só que nos confrontávamos com a intolerância da Inquisição, um dos principais motivos da minha diplomacia em Roma. A minha proposta foi a da criação duma Companhia das Índias Ocidentais que pudesse defender o transporte das mercadorias entre o Brasil e a metrópole dos ataques dos corsários. Deste modo, todos os cristãos-novos que investissem os seus capitais nesta Companhia ficariam isentos do confisco da Inquisição. É claro que esta nunca mais me iria perdoar. Mais tarde, com a morte de D. João IV, criar-se-ão as circunstâncias que ditarão a minha prisão e o meu julgamento pelo tribunal do Santo Ofício. Aliás, coisa que não me surpreendeu depois do que fizeram a Sua Majestade no seu próprio funeral.

E: E pode-se saber o que lhe fizeram?

PAV: Não tem conhecimento?! Não é assunto que seja devidamente divulgado por quem tem a responsabilidade de escrever a História de Portugal?!

E: O mais certo é tratar-se simplesmente de ignorância minha.

PAV: Está a tentar proteger essa gente? Olhe que também se peca por omissão… Pois bem, no decurso das cerimónias do seu funeral, excomungaram-no.

E: Ao próprio rei?! Não acredito!

PAV: Pois pode acreditar. Não o puderam fazer em vida, fizeram-no na morte…

E: Uma coisa que alimentou muita polémica foi o facto de ter chegado a negociar a posse de terras do Brasil e de Angola com os próprios holandeses.

PAV: O verbo que utiliza está correto, porque o que estava em causa era mesmo um negócio. O meu objetivo era negociar a paz com os holandeses, a troco de Pernambuco e de Angola, de modo que apenas fôssemos obrigados a preocupar-nos com a nossa fronteira na Europa. Era evidente que o meu propósito era um negócio meramente a prazo: até que estivéssemos refeitos da situação e pudéssemos tomar de volta os mesmos territórios.

E: Foi então tudo muito complicado...

PAV: Ao ponto de me ter tornado numa espécie de santo casamenteiro.

E: Uma vez mais, ao jeito de Santo António…

PAV: Isso é a voz do povo. Mas imagine que cheguei a negociar, com o cardeal Mazarino, o primeiro-ministro de Luís XIV, o casamento do príncipe herdeiro, D. Teodósio, filho de D. João IV, com Mademoiselle de Monpensier, filha do duque de Orleães.

E: E o propósito era...

PAV: Muito naturalmente, o de conseguir uma aliança com a França capaz de dissuadir Castela das suas intenções.

E: O que não resultou...

PAV: Por isso, mais tarde, tento, em Itália, negociar a paz com Castela, propondo o casamento da princesa Maria Teresa de Áustria com o mesmo príncipe D. Teodósio. Corria o ano de 1650. Missão frustrada: incompreendido, sugerem mesmo ao Geral da Companhia que me expulsasse de Roma.

E: Pois, mas, muito antes disso, ainda regressa ao Brasil, ou não é verdade?

PAV: De certo modo, podemos dizer que a minha vida é um permanente vaivém. Regresso ao Brasil em 1653, na sequência de uma intriga fomentada pela Inquisição junto dos Jesuítas que se preparavam para me expulsar da ordem com o pretexto de eu ter tomado o partido da coroa contra a própria Companhia na questão da sua organização em território português. Retorno à minha missão no Maranhão.

E: E é quando surge o Sermão de Santo António aos Peixes.

PAV: No ano de 1654, no dia do nosso bom santo franciscano.

E: Como já referi atrás, é uma delícia de sermão, mas, embora dirigido aos peixes, tem de concordar que nele não poupa minimamente os colonos.

PAV: Sabe que a intenção era essa mesma. O sermão é todo ele uma alegoria sobre os desmandos dos colonos em relação aos Índios, por isso tive de embarcar para Lisboa imediatamente a seguir e às ocultas.

E: Gostaria de nos falar um pouco mais sobre o sermão?

PAV: Que posso eu dizer que as pessoas já não saibam?

E: Não é bem assim e, além disso, tenho a certeza de que os meus alunos lhe ficariam imensamente gratos.

PAV: Se assim é…

E: Espanta-me, sobretudo, o ato de criação em si.

PAV: O ato de criação deve ser um ato de inteligência: definidos os objetivos, parte-se para o ato criativo por forma a que o objeto final, neste caso, o sermão, sirva os objetivos definidos.

E: Normalmente, as pessoas estranham que, querendo o Padre dirigir-se aos colonos, tenha pregado aos peixes.

PAV: Era dia de Santo António e pensei que, nas festas dos santos, é melhor pregar como eles, que pregar deles. Que fez ele? Eu que fiz? Santo António, em Arimino, mudou de púlpito e de auditório: deixa terra e vai-se ao mar; já que o não ouviam os homens, que o ouvissem os peixes. Assim, à imitação de Santo António, voltei-me da terra ao mar: já que os homens se não aproveitavam da minha doutrina, pregaria aos peixes, tanto mais que o mar estava ali tão perto; os homens poderiam, pois, deixar o sermão, já que o mesmo não era para eles.

E: É demasiado evidente que, com essa atitude, o Padre António Vieira conseguiu exatamente o que lhe interessava. Eu próprio confesso que, se fizesse parte desse seu auditório, não sairia, antes redobrava a atenção para ouvir o que tinha para dizer a tão estranhas criaturas. Aliás, a tão estranhas criaturas, estranho sermão seria.

PAV: Ora foi exatamente a pensar em reações como a que acaba de revelar que decidi pregar aos peixes como Santo António. E dividi o sermão em duas partes: na primeira, louvando-os e mostrando como em tudo eram melhores do que os homens; na segunda, ocupando-me dos seus defeitos para evidenciar, de forma alegórica, os maiores defeitos dos mesmos homens. E agora, se me permite, não gostaria de falar muito mais sobre o sermão, que retiraria, certamente, o interesse e a curiosidade pela sua leitura.

E: Permite-me uma inconfidência? É verdade que, se não fosse a proteção do rei, não poderia ter ido tão longe?

PAV: Mas onde é que reside a dúvida? Se eu lutava por aquilo que considerava uma causa justa, porque é que não haveria de socorrer-me do favor do rei? Com o seu beneplácito, ao regressar, de novo ao Brasil, fundo a Junta das Missões, o que acabará por irritar ainda mais os colonos.

E: Entretanto, morre o rei.

PAV: Em 1656.

E: E começam as suas desgraças.

PAV: Como já conversámos atrás. Três anos mais tarde, publico uma obra que será sempre uma referência na História de Portugal.

E: Que é...

PAV: Esperanças de Portugal, Quinto Império do Mundo, Primeira e Segunda Vidas de El-Rei D. João IV. O melhor pretexto para a Inquisição.

E: Mas então…

PAV: Acusado de opiniões heréticas por ter interpretado as Trovas do Bandarra, o sapateiro de Trancoso, e textos Bíblicos como profecias da ressurreição de D. João IV, futuro imperador do V Império, o judaico-cristão.

E: Sabe que eu já li a carta que enviou ao padre André Fernandes, bispo do Japão?

PAV: Confessor do rei. Uma carta que visava sobretudo confortar Sua Majestade, a rainha D. Luísa de Gusmão.

E: O Padre António Vieira acreditava mesmo na ressurreição de D. João IV?

PAV: Sabe que uma crença pode ter uma força inabalável? Certamente ouviu falar do Sebastianismo… Acha que o Sebastianismo, nos diferentes momentos e nas diferentes formas como se manifestou, assentava na certeza da vinda de D. Sebastião? Não. O seu sustentáculo era a crença que se foi enraizando de que o rei havia de regressar de Alcácer Quibir. A crença. Uma coisa é aquilo em que acreditamos ou não acreditamos, outra é aquilo em que é absolutamente fundamental que se acredite. Atente na mensagem que Fernando Pessoa deixou a propósito do mito, no poema dedicado a Ulisses, na sua Mensagem: “O mito é o nada que é tudo.”

E: Mensagem em que também é homenageado e, exatamente, a propósito do V Império.

PAV: Bem o sei. Os maiores respeitam sempre os seus e abjuram a ingratidão.

E: Já se vai tornando demasiado longa esta nossa conversa. Diga-me só, para terminar, como é que ficou a sua história em relação à Inquisição.

PAV: Luís de Vasconcelos e Sousa, 3º conde de Castelo Melhor e escrivão da puridade de D. Afonso VI…

E: Escrivão da puridade?

PAV: Sim, um cargo com funções de Estado equivalentes às do vosso primeiro-ministro. Ele, que odiava os Jesuítas e particularmente a mim, tudo facilitou. Primeiro, sou desterrado para o Porto.

E: Para o Porto? O Porto é a minha cidade, de nascimento e de residência.

PAV: Fiquei com residência fixa no nosso Colégio de São Lourenço, aquele conjunto de edifícios a que hoje chamam Igreja dos Grilos.

E: Ninguém diria.

PAV: Só por desconhecimento da História. Aliás, o frontispício não engana. Ficou a ser assim chamada depois da sua ocupação pelos frades-grilos, nome popular atribuído aos Frades Descalços de Santo Agostinho, após a nossa expulsão pelo Marquês de Pombal.

E: Estamos sempre a aprender.

PAV: Depois fui enviado para Coimbra, a meu pedido, onde sou julgado pelo Santo Ofício. Foram quatro anos de interrogatório, dois em regime de residência fixa e dois no cárcere.

E: E a sentença foi...

PAV: A proibição de pregar e o internamento num Colégio da Companhia. Não durou muito a pena, uma vez que o rei acabaria por ser levado para a Terceira, nos Açores, assumindo a regência seu irmão D. Pedro.

E: De quem o Padre era partidário.

PAV: A principal razão do ódio de Castelo Melhor.

E: Que motivos justificaram o desterro do rei?

PAV: Eu próprio tinha a convicção de que era mentecapto, um débil mental. Depois, os partidários de D. Pedro também se aproveitaram do facto de a rainha, Maria Francisca Isabel de Sabóia, ter requerido a nulidade do seu casamento, alegando nunca se ter consumado, razão pela qual não poderia dar descendentes ao reino.

E: Adivinho uma época de muita intriga…

PAV: Sim, de muita intriga e com muitos figurantes. Com muitos figurantes e com muitos figurões. O certo é que, com o afastamento de Afonso VI, são também afastados os principais inimigos e, ao fim de pouco tempo, a minha condenação não passava de letra-morta.

E: Para concluir...

PAV: Uma vez liberto, a pretexto duma missão da Companhia para a obtenção da canonização de mártires jesuítas, volto a Roma, conseguindo que o Papa ordenasse a suspensão dos autos de fé em Portugal e impedisse o confisco dos bens aos judeus.

E: Vitória só parcialmente conseguida.

PAV: Infelizmente, haverá sempre situações que se não podem alterar de um momento para o outro através dum simples decreto. Mas o tempo acaba sempre por se encarregar do resto. É também por essa altura que a rainha Cristina da Suécia, que abdicou do trono, convertendo-se ao catolicismo, e que se encontrava em Roma onde sustentava uma corte-academia, me nomeia orador da sua capela particular.

E: Apesar duma vida tão cheia, parece desiludido.

PAV: Regresso a Portugal com um documento papal que me liberta da Inquisição para sempre. Mas é desiludido que, em 1681, parto definitivamente para o Brasil, retomando a defesa dos Índios e entregando-me à ordenação e revisão dos meus sermões até ao momento de ter de prestar contas a Deus.

Tendo nascido em Lisboa a 6 de fevereiro de 1608, o Padre António Vieira morreu na Bahia a 18 de Julho de 1697.



© 2001- - Manuel Maria, associado da SPA.